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Inverno em Santa Catarina



Após 2 anos, inverno em SC voltará a ter características típicas da estação
 
O frio intenso dos últimos dias em Santa Catarina dá uma prévia de como será a nova estação neste ano, que começa em 21 de junho. "Meteorologicamente falando, nós já estamos no inverno. Astronomicamente ele começa no fim do mês", explica o meteorologista Leandro Puchalski, da Central RBS de Meteorologia. Dias gelados, chuvas frequentes, nebulosidade, geada e chance de neve devem marcar a estação no estado.

Nesta sexta (10), Urupema registrou a temperatura mais baixa do ano até agora: -7,2ºC.
A tendência é que este inverno seja mais frio do que os dos últimos anos, pelo período de neutralidade que possibilita as condições climáticas da estação se apresentarem. O último inverno rigoroso em Santa Catarina foi em 2013, quando houve registro de neve em 127 municípios, inclusive em Palhoça, na Grande Florianópolis.
 
"Teremos uma condição diferente da do ano passado, onde fenômenos específicos, como o El Niño, bloqueavam a chega do frio e faziam um inverno mais quente", explica Puchalski.
 
A Epagri/Ciram ressalta a possibilidade, já que sem bloqueio atmosférico, a tendência é que as massas de ar frio passem com mais facilidade pelo estado.

De acordo com a meteorologista Gilsânia Cruz, com isso, o inverno será típico, dentro das temperaturas da normalidades da estação. "Nós tivemos um inverno atípico nos últimos dois anos, podemos ver pelas temperaturas agora de outono que o frio deve ser mais rigoroso e prolongado, pelas ondas de frio significativas", afirma.

Ainda de acordo com Gilsânia, o encontro das massas de ar frio com a umidade pode gerar as geadas e neve, principalmente nas regiões mais altas do estado.



Chuvas
Conforme o meteorologista do Puchalski, o inverno deve ser de chuvas, com ciclos que se repetem de 3 a 4 vezes por mês.

"Os ciclos às vezes se repetem em períodos de 6 a 7 dias, então, às vezes, parece que sempre está chovendo no final de semana, mas esta é a duração das frentes", diz.

O mês de junho deve ser o mais seco deste trimestre. "Até o dia 22 de junho, a tendência é tenha menos chuva, depois ela deve aparecer com mais frequência", diz Gilsânia. Já em julho e agosto, as chuvas devem ser acima da média.

Conforme Puchalski, entre uma chuva e outra, há um período de estiagem, com chance de aquecimento. As massas de ar frio devem durar de 3 a 5 dias.

Poucos veranicos
A Epagri/Ciram ressalta a possibilidade dos veranicos, mas com menos ocorrências e maior atuação das massas de ar frio de origem polar na atmosfera.

A tendência é que com as ondas de frio as temperaturas fiquem próximas ou negativas na Serra e regiões altas, não passando dos 10°C a 12°C. No Litoral, as temperaturas não devem passar a tarde dos 18°C e o Oeste deve ter também temperaturas entre 10ºC e 12°C.

A previsão do tempo, no entanto, como esclarece o meteorologista Leandro Puchalski, com temperaturas mais precisas, só é possível de ser feita em curto prazo.



 
Fonte: G1 Globo.com

Editorial, 10.JUNHO.2016 | Postado em Geral
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